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POSEUR INCÊNDIO - Carta nacional de perigosidade de incêndio e modelação de apoio ao planeamento e gestão da floresta e do território - Análise da suscetibilidade de incêndio rural em Portugal Continental

Estado do projeto
Concluído
Financiamento
POSEUR-02-1810-FC-000504
POSEUR
Prazo de execução
2018 - 2021
Participantes

Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas e Direção-Geral do Território.

Equipa

Equipa DGT: Fernanda do Carmo, Mário Caetano, Rita Nicolau, Cristina Garrett.

Consultores: Yannick Le Page (AGIF), José Miguel Cardoso Pereira (ISA), Manuel Campagnolo (ISA).

Objetivo

Este projeto visa produção de informação de apoio ao planeamento da defesa da floresta contra incêndio.

O desenvolvimento da linha de estudo “Integração do risco de incêndio rural nos planos diretores municipais”, da responsabilidade da DGT, tem como objetivos principais:

  • A produção de informação geográfica de suporte ao ordenamento territorial e à gestão integrada de fogos rurais.
  • O diagnóstico das lacunas, limitações e oportunidades de articulação entre os instrumentos de planeamento e gestão da floresta e os Instrumentos de Gestão Territorial com vista à formulação de recomendações, a várias escalas de intervenção, para o sistema de planeamento e gestão territorial na ótica da Defesa da Floresta Contra Incêndios.
Resultados esperados

As atividades da responsabilidade da DGT visam melhorar a  tomada de decisão no âmbito dos instrumentos de planeamento territorial e da gestão integrada  de fogos rurais.

Resultados alcançados

Os principais resultados deste projeto, da responsabilidade da DGT, são:

  1. Carta de Áreas Edificadas 2018 - Portugal Continental
    Esta carta representa as áreas edificadas qualificadas segundo o número e o tipo de edifícios que incluem.
    As áreas edificadas foram delimitadas e classificadas com base em informação vetorial, designadamente a Base de Dados de Edifícios Residenciais Clássicos 2011-2019 (INE) e classes de artificializado selecionadas da Carta de Uso e Ocupação do Solo 2018 - COS 2018 (DGT).
  2. Cartas de Interface de Áreas Edificadas - Portugal Continental
    Estas cartas representam os segmentos que integram o perímetro das áreas edificadas, classificados em função da sua distância a coberto combustível.
    A produção de cartas de interface requer a classificação inicial do coberto do solo em pelo menos duas categorias (combustível e não combustível) com vista à análise da categoria predominante em cada vizinhança da área edificada. Na sequência desta classificação, o perímetro de cada área edificada (adiante designado por interface) é subdividido em segmentos que são classificados em função da sua proximidade a coberto combustível. A classificação dos segmentos num tipo de interface varia em função do produto relativo à ocupação do solo (estrutural ou conjuntural) utilizado na diferenciação do coberto combustível e não combustível.
    Neste âmbito foram desenvolvidos dois produtos:
    • Carta de Interface de Áreas Edificadas Estrutural 2018
      Esta carta representa os segmentos que integram a interface (perímetro) das áreas edificadas 2018, classificados em função da sua proximidade a coberto combustível (2018).
      O coberto potencialmente combustível utilizado na produção desta carta foi identificado com base nas classes da Carta de Uso e Ocupação do Solo - COS que mais arderam no período 2010-2018. A união de tais classes deu origem a uma única categoria de combustível.
      Após subdivisão do perímetro de cada área edificada (2018) em segmentos de dimensão irregular, resultantes da análise do tipo de coberto (combustível vs. não combustível) em torno da área edificada, cada segmento foi classificado em função do tipo e da proximidade do coberto envolvente num dos seguintes tipos de interface estrutural:
      • Direta: segmentos que estão em contacto imediato com coberto combustível.
      • Indireta: segmentos que distam até 500 metros de coberto combustível.
      • Nula: segmentos que distam mais de 500 metros de coberto combustível.
    • Carta de Interface de Áreas Edificadas Conjuntural 2020
      Esta carta representa os segmentos que integram a interface (perímetro) das áreas edificadas 2018, classificados em função da proximidade a manchas de combustível e da sua área (2020).
      O coberto potencialmente combustível utilizado na produção desta carta foi identificado através de análise espacial de classes predefinidas (isoladas ou agrupadas) da Carta de Ocupação do Solo Conjuntural - COSc relativa a 2020 (informação raster com uma resolução espacial de 10 metros).
      Este coberto foi desagregado nas quatro classes seguintes, que conjuntamente são designadas de mancha combustível:
      • Floresta densa - inclui as classes eucalipto, outras folhosas, pinheiro bravo, outras resinosas, bem como áreas de alta a média densidade de sobreiro e azinheira ou de pinheiro manso;
      • Floresta aberta - inclui áreas de baixa a média densidade de sobreiro e azinheira ou de pinheiro manso, contendo herbáceas ou matos como subcoberto;
      • Matos - inclui somente matos excluindo as áreas dos mesmos integrados na classe Floresta aberta;
      • Vegetação herbácea espontânea - inclui somente vegetação herbácea espontânea, excluindo as áreas da mesma integradas na classe Floresta aberta.
      Após subdivisão do perímetro de cada área edificada (2018) em segmentos de dimensão regular (25 m), cada segmento foi classificado em função da sua proximidade a manchas de coberto combustível e da dimensão de tais manchas, num dos seguintes tipos de interface conjuntural:
      • Direta: segmentos que possuem mancha(s) de coberto combustível de dimensão ≥ 0.1 ha a uma distância igual ou inferior a 10 metros.
      • Indireta 1: segmentos que não são interface direta e possuem mancha(s) de coberto combustível de dimensão ≥ 0.1 ha a uma distância superior a 10 metros, mas igual ou inferior a 100 metros.
      • Indireta 2: segmentos que não são interface direta nem indireta 1 e possuem mancha(s) de coberto combustível de dimensão ≥ 1 ha a uma distância superior a 100 metros, mas igual ou inferior a 500 metros.
      • Nula: segmentos remanescentes (distam mais 100 metros de manchas de combustível com ≥0.1 ha e mais de 500 metros de manchas de combustível com ≥1 ha).
      A principal diferença entre as Cartas de Interface de Áreas Edificadas Estrutural e Conjuntural deve-se ao fato do coberto combustível da carta estrutural se basear na COS e do da carta conjuntural se basear na COSsim, para além de pequenas diferenças metodológicas na sua produção. Enquanto que a COS é uma cartografia de uso e ocupação do solo com uma unidade mínima cartográfica de 1ha, a COSc é uma cartografia de ocupação do solo com uma unidade mínima cartográfica de 0.1 ha.
  3. Diagnóstico e recomendações para a articulação entre os Instrumentos de Defesa da Floresta contra Incêndios e os Instrumentos de Gestão Territorial
Publicações

Os produtos cartográficos acima identificados foram integrados em 2022 no Sistema de Monitorização da Ocupação do Solo. A Carta de Interface de Áreas Edificadas Conjuntural foi, entretanto, atualizada para 2021. As últimas versões destes produtos encontram-se disponíveis para descarregamento no Sistema Nacional de Informação Geográfica (SNIG) e podem ser consultados aqui.

São igualmente disponibilizados indicadores relacionados com estes produtos no Observatório do Ordenamento do Território e Urbanismo.

O estudo referido em 3. pode ser consultado aqui.

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