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Adelino Pais Clemente

Fotografia de Adelino Pais Clemente
1941-1962
Instituto Geográfico e Cadastral

Militar, engenheiro, publicista e diretor-geral do Instituto Geográfico e Cadastral, nasceu em 15 de setembro de 1891, em Murça. Assentou praça como voluntário em 28 de agosto de 1911. Fez o curso da Arma de Artilharia na Escola do Exército, tendo antes feito os respetivos preparatórios na Universidade de Coimbra. Era licenciado em Ciências Matemáticas pela Universidade de Lisboa e em Engenharia Civil pelo Instituto Superior Técnico.

Foi promovido a Alferes em 1 de novembro de 1914, a Tenente em 1 de dezembro de 1916, a Capitão em 31 de março de 1918 e a Major em 16 de setembro de 1922, tendo passado ao Quadro da Reserva em 7 de dezembro de 1938.

Tomou parte na 1.ª Guerra Mundial, tendo embarcado para o C.E.P. (Corpo Expedicionário Português), em França, em 14 de maio de 1917 e incorporado no Corpo de Artilharia Pesada, tendo também estado em Inglaterra, como Oficial da mesma artilharia. Regressou ao país em fins de 1918. Desde 6 de setembro de 1919, prestou serviço no Instituto Geográfico e Cadastral, ascendendo ao cargo de Diretor-Geral do mesmo instituto em 24 de dezembro de 1940. Deu grande desenvolvimento aos serviços de Cadastro Geométrico da Propriedade Rural. Também serviu na Missão Geodésica e Cadastral de Angola, de fevereiro de 1922 a maio de 1924. Como engenheiro, projetou numerosos serviços de abastecimento de água e de redes de esgoto por todo o país e projetou a barragem e obras de rega da campina de Idanha-a-Nova.

Foi condecorado com a Medalha Comemorativa das Campanhas do Exército Português, grau prata com passadeira "França 1917-1918"; Medalha (Inter-aliada) da Vitória; Medalha Militar de Comportamento Exemplar, grau prata e com a Ordem Militar de Avis, grau de Oficial. Teve ainda um louvor por serviços prestados à República por ocasião da insurreição monárquica de Monsanto, em janeiro de 1919.

Escreveu e publicou diversos artigos técnicos no Boletim do Instituto Geográfico e Cadastral e na Revista Técnica. Publicou, também, um opúsculo intitulado "Para uma sã política hidráulica". Representou o país em vários congressos científicos, tais como, em 1939, o da União Geodésica, em Washington; em 1947, o de Florença, por ocasião do 75.º aniversário do Instituto Geográfico Militar Italiano; em 1948, foi delegado de Portugal aos congressos da União Internacional Geodésica e Geofísica realizados em Oslo, e ao Congresso Internacional de Fotogrametria realizado em Haia; nomeado Presidente da Secção Portuguesa das Uniões Astronómica, Geodésica e Geofísica; e ainda, nomeado vogal da Junta das Missões Geográficas e de Investigações Coloniais.

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