Projeto Paisactivo promove rede transfronteiriça de gestão do espaço rural
Paisagens corta-fogos
O projeto PAISACTIVO (Paisagens corta-fogos: ativação das zonas rurais para um território resiliente) visa aumentar a resiliência do território face ao risco de incêndio, potenciando e melhorando a gestão sustentável das zonas agroflorestais, enquanto protege e dinamiza os aglomerados rurais, promovendo a sua sustentabilidade.
Financiado pelo INTERREGUE este projeto é executado por um consórcio que integra a Direção-Geral do Território, a Agência Galega de Desenvolvimento Rural, a Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa, a autarquia de Baião, o concelho de Monterrei, a Fundação Juana de Vega, a Universidade do Porto e a Universidade de Santiago de Compostela.
Ações
01. Criação da Rede Transfronteiriça de Projetos Territoriais Modelo para a gestão ativa das zonas rurais. (REDE RURACTIVA).
02. Programa Academia na aldeia: programa de sensibilização, informação e formação prática para jovens estudantes e crianças em idade escolar.
03. Elaboração de um guia que reunirá as principais lições aprendidas e incluirá recomendações estratégicas para a melhoria dos instrumentos de gestão ativa das zonas rurais.
Objetivos do PAISACTIVO
Desenvolver um novo instrumento de planeamento e de ação, abrangente e inovador, que proporcione uma abordagem atualmente inexistente e que faça avançar os conhecimentos, as ferramentas, as práticas e a cooperação necessários para a sua aplicação.
O projeto PAISACTIVO entende que as aldeias e a paisagem em que estão integradas devem caminhar lado a lado para alcançar a resiliência, e que combater o declínio de ambas significa reconectá-las. Por isso, o projeto tem 3 objetivos específicos:
01. Melhorar e inovar com base na coaprendizagem e no intercâmbio de experiências no ecossistema transfronteiriço) os instrumentos para a gestão ativa das zonas rurais, em particular os de recuperação de terras abandonadas, ultrapassando as barreiras fundiárias, bem como assegurar a formação de equipas técnicas e de outros atores-chave para o seu planeamento e execução.
02. Promover a implementação e desenvolvimento de Projetos Territoriais Modelo, ações integrais de dinamização à escala da paisagem, incluindo as aldeias e a sua envolvente, os diferentes agentes e as diferentes dimensões produtivas, sociais e ambientais, para a melhoria da resiliência e proteção contra incêndios através do uso e valorização das agroflorestas e a transição rumo a aldeias resilientes e sustentáveis.
03. Assegurar a difusão espacial e temporal e a cooperação futura destes novos modelos, promovendo o trabalho em rede e a integração das novas gerações.
Resultados esperados
- A implementação do novo quadro de intervenção nas zonas rurais – os Projetos Territoriais Modelo –, que articulam, ao nível dos projetos municipais, abordagens holísticas das aldeias e da paisagem em que se inserem.
- O reforço das capacidades e know-how das equipas técnicas dos parceiros, em especial daqueles com responsabilidades em matéria de ordenamento do território e de gestão do território.
- A promoção de novas atividades ecológicas, agroecológicas ou agrossilvopastoris para a valorização da biomassa como motor de desenvolvimento das zonas abandonadas.
- A coaprendizagem institucional e a inovação transfronteiriça conjunta, com melhores abordagens de gestão territorial em ambos os lados da fronteira, facilitando assim a coordenação da prevenção do risco de incêndio. Esta ação complementará a colaboração já consolidada no domínio do combate aos incêndios.
- A promoção de um ecossistema de partilha de experiências e inovação na gestão das terras e na resiliência das aldeias.
- A sensibilização e capacitação dos estudantes da zona de intervenção em matéria de resiliência territorial e adaptação às alterações climáticas como estratégia de desenvolvimento das zonas rurais.
Página atualizada em 11/08/2025