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Francisco António Ciera

Fotografia do dirigente
1788-1803
Comissão para os Trabalhos de Triangulação do Reino

Filho de Miguel António Ciera (ilustre engenheiro Piemontês que trabalhou na delimitação de fronteiras na América do Sul, professor de matemática no Colégio dos Nobre e responsável pela cadeira de Astronomia, na Universidade de Coimbra), faleceu em 6 de abril de 1814.

Doutor em Matemática, Lente de Astronomia da antiga Academia Real de Marinha e sócio da Real Academia de Ciências.

Durante os anos de 1778 a 1786 fez várias observações astronómicas na casa da Régia Oficina Tipográfica, observações que foram publicadas nas Memórias da Real Academia de Ciências de Lisboa.

Em 1788 foi encarregue de formar a Triangulação geral do Reino, e nestes trabalhos, completamente novos em Portugal, conservou-se até 1803. Em 1790 saiu de Lisboa, com os seus ajudantes, o matemático Carlos de Caula e o engenheiro militar (de origem catalã) Pedro Folque, para com eles fazer o reconhecimento geral do território português, efetuando-se as primeiras observações no dia 18 de outubro na Nossa Senhora do Castelo, Aljustrel, continuando depois em diversas províncias a escolha de pontos que deviam de servir de vértices aos triângulos. Conseguiu assim, o Dr. Ciera constituir uma Carta de triangulações de Portugal, que, mais tarde, em 1837, foi mandada litografar por Manuel Passos.

Durante esses primeiros anos fez uma nova escolha de pontos e tratou da medição das bases, empregando nesta parte dos trabalhos os anos de 1794 e 1795 continuando depois até 1803; publicou nesse ano a Carta dos principais triângulos das operações geodésicas em Portugal, em cujas margens lançou reflexões que mostram os seus vastos conhecimentos em matéria de Geodesia. Colaborou com o Coronel Villas-Boas na publicação em português do Atlas Celeste, de Flamsteed, e imprimiu os seguintes trabalhos: Observações astronómicas feitas na casa da Régia Oficina, junto ao Colégio dos Nobres, inserto em Memórias da Real Academia de Ciências - Tomo I; Eclipse da lua de 2 de novembro de 1789, observado em Lisboa na Academia Real das Ciências, nas referidas Memórias - Tomo III, parte II; Tábuas de nonagésimo para a latitude de Lisboa, reduzida ao centro da terra, 38º 27' 2", etc, nas ditas Memórias - Tomo IV, parte I; Plano de extração de lotarias, nas Memórias, no referido Tomo IV, parte I.

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